terça-feira, 22 de maio de 2012

A novena de Pentecostes

    "Depois que o Senhor Jesus subiu aos céus, os discípulos voltaram à cidade. Chegados em casa, subiram à sala e, junto com Maria, mãe de Jesus, e algumas mulheres, ficaram reunidos em oração, esperando o Espírito Santo que o Senhor lhes prometera" (cf. At 1, 12-14).
    Em 1895, o papa Leão XIII encorajou as comunidades de diferentes confissões a se reunirem durante uma semana especial do ano para orar pela unidade das igrejas. No hemisfério sul, esta semana coincide com a novena de Pentecostes, na qual invocamos especialmente a vinda do Espírito. Assim, as igrejas prolongam a memória daquela primeira oração da comunidade apostólica à espera do Espírito, por meio de uma novena ou da semana de oração pela unidade.
     As igrejas sabem que a unidade querida por Jesus é dom de Deus e não obra humana. Ele já nos deu esse dom, unindo todos num só corpo. "Há uma só fé, um só Deus, um só batismo..." (cf. Ef 4,4). Entretanto esta unidade fundamental e divina não se visibilizou ainda.
     A semana de orações nos coloca no desejo e na oração de Jesus pela unidade do seu corpo. Ele quer que a sua igreja seja um sinal de paz e unidade para a humanidade dividida. Esta semana nos convida a intensificar a oração pela paz no mundo, unindo nossa voz ao clamor de todas as crenças e da própria natureza, que sofre dores de parto à espera de sua libertação.
     Como os primeiros discípulos e discípulas esperaram a vinda do Espírito orando os salmos, relendo as profecias e lembrando tudo o que Jesus ensinou, também para nós é importante que esta novena seja profundamente bíblica e centrada na escuta da Palavra de Deus.


Texto de M. Barros e P. Carpanedo, no livro tempo para amar, Paulus, pp 78/79, coleção liturgia e teologia.

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