Vivendo a liturgia desse 5° domingo da quaresma em que o mestre de Nazaré fala do grão caído na terra para dá vida, lembro de uma das pessoas mais importantes do final do século XX. Dom Oscar Romero, mártir da justiça em El Salvador. Enquanto pregava um evangelho sem sal, sem incomodar, um evangelho bonzinho, tudo parecia estar a mil maravilhas. Depois de convertido pela dor do assassinato de seu amigo, pe. Rutilo Grande, as coisas mudaram. O evangelho que pregava era boa nova pra milhares e péssima notícia pra outros tantos. Denunciou injustiças, lutou contra as forças da morte, ficou do lado dos menos favorecidos, explorados e maltratados, assumiu em sua vida o evangelho de hoje:" se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto". Por isso foi morto, assassinado enquanto presidia uma missa em um convento. E como ele disse, continua ressuscitado "na luta do povo salvadorenho" e dos povos da américa latina que lutam por justiça e dignidade. São 32 anos desde o seu martírio, que não é ainda reconhecido pela igreja oficial, mas o é pela igreja gente, igreja povo.
Que sejamos nós também fiéis testemunhas de Cristo para darmos muitos frutos.
Que o Senhor, guie os nossos passos sempre na sua direção, a fim de que onde Ele esteja, lá também, nós seus servos, estejamos.
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